domingo, 14 de agosto de 2011

MANUEL VILLAVERDE CABRAL NO CONLAB

Essa que vos escreve e o Prof. Villaverde do Instituto do Envelhecimento de Lisboa.


CONLAB, SALVADOR, DE 07 a 10/08/2011 - XI CONGRESSO LUSO-AFRO-BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


O Professor focou sua fala na diferença entre envelhecimento e longevidade e a falta de uma análise propriamente sociológica do tema, pois há uma ótica apenas de assistência social e biomédica.
O aumento da esperança de vida combinado com o controle de natalidade pode ser visto em momentos como as décadas de 60 e 70 em Portugal, momento em que a crise não faz mais atrair emigrantes, quando então faz falta uma abordagem sociológica sobre essa questão, por exemplo, da falta que fará os bebês de emigrantes no futuro.
Há ausência de uma sociologia do envelhecimento para reorientar nos embates entre "idades".
O paradoxo do envelhecimento que era para ser considerado positivo (todos querem viver mais) pode ser negativo quando combinado com a diminuição da natalidade. Esse resultado pode ser gravoso com a visão estigmatizada de minoração social.
Mas a juventude não pode ser vítima ou carrasco dessas mudanças.
No campo da filosofia há contradições das sociedades mais envelhecidas com os jovens que se perguntam: "Será que meu destino é tomar conta de meus pais... "
As políticas devem ser diferenciadas para as crianças e as para as mulheres.
Antes de começar a palestra, em breve encontro com o professor, eu comentava que algumas pessoas do meu círculo de trabalho haviam migrado da área da infância para o envelhecimento, e ele me disse em um humor sarcástico: “então voltem de imediato... estão no lugar errado, só com a educação das crianças poderemos no futuro resolver as questões do envelhecimento...”

Enfim, essa é apenas uma pequena parte da Conferência, não nos estendemos à questão do envelhecimento ativo, que espero voltar a falar em breve.




Mas para ouvir o prof. Villaverde, clique aqui e serás encaminhado para uma longa entrevista, de 46 minutos, emque muito se esclarece sobre o envelhecimento em Portugal, mas que são também pontos de reflexão para nossa realidade.

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