quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Exército declara golpe de Estado com a morte do presidente de Guiné, Lansana Conté,
vítima de enfermidade, na segunda-feira (22)

ONU pede que Forças Armadas da Guiné respeitem democracia
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da Efe
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, pediu que a parcela das Forças Armadas da Guiné que tentaram promover um golpe de Estado nesta terça-feira, após a morte do presidente do país, o general Lansana Conté, "respeitem o processo democrático".
Conforme a porta-voz Marie Okabe, Ban ressaltou que, neste momento de transição, é preciso que haja "uma transferência de poder democrática e pacífica, de acordo com a Constituição". Ban deu pêsames ao governo, ao povo e à família do presidente morto e pediu "calma" a todos, disse a porta-voz.
"O secretário-geral cumprimentou o extenso compromisso do presidente Conté com a manutenção da paz e a unidade na Guiné, e a promoção da estabilidade e cooperação regional na bacia do rio Mano", afirmou.
O golpe começou poucas horas após a morte de Conté. O capitão Mussa Dadis Camara foi à rádio nacional e afirmou que, a partir desta terça-feira, a Constituição estava suspensa assim como "todas as atividades políticas e sindicais". "O governo e as instituições republicanas foram dissolvidos", disse o militar.
Mais tarde, um grupo de militares chegou a convocar "membros do governo e oficiais gerais" a se refugiar no principal campo militar do país, em Conakry.
O apelo não só não foi atendido como os dois principais dirigentes políticos do país --o presidente da Assembléia Nacional, Abubacar Somparé, e o primeiro-ministro, Tidiane Souaré-- foram a público desmentir o golpe. "Não há ameaças contra ninguém", disse Souaré. "Estou seguro de que a razão acabará prevalecendo."

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